segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Utopia da Família Moçambicana


Por Saiwala Mic

Lá no fundo dos seus olhos afigura-se um futuro brioso para toda família, que apesar do ano pretérito ter sido um estrépito, arregaça as mangas para mais e enormes duelos de longas noites nesta urbe. Caminhar sozinho, nunca. Claro, advinha-se uma luta conjunta.

A poupança nos recursos públicos, financiou os subsídios às gasolineiras e às panificadoras, e que felizmente até Março se beneficiará deles. E depois deste período, não sabe se os preços que subiram a galope nas festividades, baixarão, porque nessa altura o subsidio será lhe retirado.

Rumo a prosperidade é o discurso do dia, o que ele não sabe, é se este, começa com 13º vencimento, ou se a definição do salário mínimo do ano, será determinado, com base no ínfimo significado da cesta básica.

Sem dúvida, os desafios são tantos. Tem três filhos. Um terminou a 12ª classe e clama para uma vaga na Universidade, se  bem que na pública não é tão simples quanto parece, portanto, fica a mercê das privadas com propinas “competitivas”, mas que afundam o seu bolso. Preocupação agora, é com os outros dois filhos, a época de matrículas abriu, porém, o encontrou financeiramente derrubado, já que a festa de família e a de final de ano mutilaram as míseras moedas de que dispunha.

Desafios são enormes ainda, quando sonha com a revolução verde revertida no seu campo de cultivo; o dispor do credito agrário autêntica e robusta realidade; a escola, o acesso a saúde e de água potável,  cada vez mais próximas de si.

Pensa que neste novo ano, a energia de Cahora Bassa, estará disponível em todos 128 distritos. Acredita que, o estudo de impacto ambiental seja favorável para construção de mais uma barragem, a de Pandancua.

Vezes sem conta, imagina a quantidade e qualidade de benefícios a colher graças a descoberta do petróleo na sua urbe. Arquitecta ainda que, a Linha de Sena esteja pronta para fazer o escoamento do carvão mineral de Moatize.

“Dramatiza” a ideia de ver revista a Constituição da República, embora uma ala sobejamente conhecida, que afinal, da qual é membro, procura a ferro e fogo faze-la acontecer.

Almeja no entanto, ver construídas e reabilitadas pelo menos 5.000 km das estradas nacionais, que nas épocas chuvosas, são um calcanhar de Aquiles para si.
Evidencia a possibilidade de ver equipada a polícia de segurança pública e terminada a corrupção promíscua nas Instituições Públicas.

Contudo, estes e outros tantos desafios não descritos, são o apêndice  para se vencer a pobreza na sua urbe. Uma coisa é certa, os desafios acima, não passam de mera utopia da família moçambicana.







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