terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A SUPERIORIDADE DAS POSIÇÕES POLÍTICO-SOCIAIS

Por Saiwala Mic

A superioridade das posições político - sociais arregaça ilustrações que merecem reflexão especial neste espaço. Não são necessariamente, actos de censura aos políticos audaciosos e manipuladores do povo de que o sarcasmo e descaramento deram lugar a corrupção exacerbada nas instituições do Estado.

São sim, reprovações daqueles que os impostos e outras taxas pagam suas mordomias e deixam em maus lençóis os verdadeiros beneficiários (o povo). São murmúrios daqueles que olham um país onde a Justiça e os tribunais funcionam em função do “Boss” do dia, sem prejuízo dos esforços desencadeados nesta matéria pelos timoneiros destes órgãos.

Não quero porém, trazer cenários novos, já que, para se designarem coisas novas, são necessários termos novos. Faço eco da tónica dos debates que têm sido alvo de muitos comentários nesta bela pérola.

Não quero, neste âmbito, discutir o mérito de tais comentários, mas, considerando apenas o lado linguístico da questão, diria que estamos todos dissertando sobre a mesma faceta, a de ver “Moçambique livre dos abusos” perpetrados por pessoas próximas “ (membros do partido) ”, que graças ao sistema judicial que os encoberta, continuam impunes.

Quero ver revolucionado o espírito do camarada. Aquele que um dia pegou em armas e libertou o pais para o benefício da maioria (o povo). Façamos desaparecer o egoísmo e o orgulho incomensurável nos nossos camaradas. Compatriotas, como eu, há muitos, “a nossa escova é curta”[1], se calhar, por isso, não alcancemos os decisions makers

A todos estes que abusam da superioridade de suas posições político-sociais, para, em proveito próprio, oprimir o povo, digo-vos sem escamotear factos, “ merecem anátema! Ai deles! Serão, a seu turno, oprimidos: voto do povo sofrido, jamais”!!!




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[1] Original de Kara boss (Duas Caras).

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Utopia da Família Moçambicana


Por Saiwala Mic

Lá no fundo dos seus olhos afigura-se um futuro brioso para toda família, que apesar do ano pretérito ter sido um estrépito, arregaça as mangas para mais e enormes duelos de longas noites nesta urbe. Caminhar sozinho, nunca. Claro, advinha-se uma luta conjunta.

A poupança nos recursos públicos, financiou os subsídios às gasolineiras e às panificadoras, e que felizmente até Março se beneficiará deles. E depois deste período, não sabe se os preços que subiram a galope nas festividades, baixarão, porque nessa altura o subsidio será lhe retirado.

Rumo a prosperidade é o discurso do dia, o que ele não sabe, é se este, começa com 13º vencimento, ou se a definição do salário mínimo do ano, será determinado, com base no ínfimo significado da cesta básica.

Sem dúvida, os desafios são tantos. Tem três filhos. Um terminou a 12ª classe e clama para uma vaga na Universidade, se  bem que na pública não é tão simples quanto parece, portanto, fica a mercê das privadas com propinas “competitivas”, mas que afundam o seu bolso. Preocupação agora, é com os outros dois filhos, a época de matrículas abriu, porém, o encontrou financeiramente derrubado, já que a festa de família e a de final de ano mutilaram as míseras moedas de que dispunha.

Desafios são enormes ainda, quando sonha com a revolução verde revertida no seu campo de cultivo; o dispor do credito agrário autêntica e robusta realidade; a escola, o acesso a saúde e de água potável,  cada vez mais próximas de si.

Pensa que neste novo ano, a energia de Cahora Bassa, estará disponível em todos 128 distritos. Acredita que, o estudo de impacto ambiental seja favorável para construção de mais uma barragem, a de Pandancua.

Vezes sem conta, imagina a quantidade e qualidade de benefícios a colher graças a descoberta do petróleo na sua urbe. Arquitecta ainda que, a Linha de Sena esteja pronta para fazer o escoamento do carvão mineral de Moatize.

“Dramatiza” a ideia de ver revista a Constituição da República, embora uma ala sobejamente conhecida, que afinal, da qual é membro, procura a ferro e fogo faze-la acontecer.

Almeja no entanto, ver construídas e reabilitadas pelo menos 5.000 km das estradas nacionais, que nas épocas chuvosas, são um calcanhar de Aquiles para si.
Evidencia a possibilidade de ver equipada a polícia de segurança pública e terminada a corrupção promíscua nas Instituições Públicas.

Contudo, estes e outros tantos desafios não descritos, são o apêndice  para se vencer a pobreza na sua urbe. Uma coisa é certa, os desafios acima, não passam de mera utopia da família moçambicana.







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