segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Balanço 2010 (ACTOS E OMISSÕES)


Por Saiwala Mic

A retrospectiva de 2010 nos faz gatafunhar vários cenários surpreendentes que marcaram de forma indelével a bela pérola do Índico. Só para citar alguns exemplos, mexidas no governo com figuras “intocáveis” a contentarem-se com a magna casa do povo; condenados do caso polémico dos Aeroportos, ainda fora dos calabouços; HIV/Sida a intrometer-se na vida dos académicos e com instrução superior; 1 e 2 de Setembro a culminarem com o famoso comunicado de imprensa publicado à 07 de Setembro que fracassadamente avançou a ideia de racionalização de gastos públicos.

Observamos também o primeiro informe anual do PR que praticamente não tocou diferente a música, se não fazer eco com outra melodia, à de caminhar rumo à prosperidade.
Não queremos dizer que foi como Leonel Brizola ousou afirmar que, em Moçambique criamos um “vergonhódromo para os políticos sem vergonha, que tiveram a chance de chegar ao poder esquecerem-se completamente dos compromissos com o povo”[1].

Queremos ademais, reconhecer que trabalho abnegado foi realizado, gente engajada lutou para que, de facto, reduzíssemos, embora aparentemente, os níveis de inflação e que o PIB tenha mais uma vez crescido. A economia moçambicana está a reerguer-se depois daquela recessão financeira global.

Presenciamos num passado muito recente a inauguração de um complexo infra-estrutural que congrega 3 ministérios, bela realização.

Cá estávamos quando a wikileaks de forma brutal acusou gente bem posicionada na estrutura do governo e até os antecessores de estarem ao serviço dos narcotraficantes.

Fizemos parte do lançamento dos Jogos Africanos que sem dúvida alguma, trarão o raríssimo privilégio de mostrar ao mundo, o mosaico turístico e cultural do nosso país e por assim dizer, os pequenos e grandes empresários tem aqui, espaço garantido para angariarem grandes somas e potencializarem a economia nacional.

É bom que se diga, houve muitas realizações (Actos), mas também faltou vontade “politica” (Omissões), dos principais decisores, de ver assuntos de extrema relevância tivessem lugar em sede da AR.

Como se pode ver, fazer balanço de um ano, não se resume nisso, sabemos que há muitos outros assuntos que não foram abordados, a estes, em sede própria iremos partilhar o nosso entendimento.

Esperamos que em 2011, Moçambique possa caminhar rumo á… com indicadores claros e fáceis de avaliação prática, que a pobreza e os demais desafios do governo sejam alcançados na plenitude.

Agradecemos a todos que muito têm feito por esta pátria amada. Haja saúde e paz para todos eles. Voto similar endereçamos a toda nossa família no sentido africano do termo.

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[1] Frase original de Lionel Brizola.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mais um Primeiro de Dezembro (Reflexões em torno do HIV)

Por: Saiwala Mic

01 de Dezembro de cada ano, o mundo para pensar e reflectir sobre o SIDA!! Como pacato cidadão que sou, não sigo as regras ditas nos livros... Sigo sim, o meu coração, não a cabeça. Também sei que o HIV não torna perigoso conhecer as pessoas infectadas, o que pressupõe que, podemos dar as mãos para eles e lhes dar um abraço: Ajudar as pessoas que precisam é parte boa e essencial nas nossas vidas, um tipo de destino!

Aproveitei este espaço para deixar meu pequeno contributo. Façamos desta data verdadeiro campo de reflexões conjuntas e pormenorizadas sobre este grande flagelo, principalmente, se assumirmos o que tem sido propalado por ai: A propagação do HIV está muitas vezes ligada à desigualdade de género. E as mulheres e as crianças constituem cerca de 60% dos casos de HIV em África. A violência sexual afecta as mulheres de uma forma desproporcionada, o que aumenta a sua vulnerabilidade à contracção do HIV.

Contudo, se estivermos determinados a trabalhar em conjunto, ainda podemos vencer esta epidemia. Lembre-se que como Moçambicanos, já perdemos, um amigo, um pai, uma mãe, um tio, resumindo, um familiar, apesar de reconhecer que também, ganhamos um intercessor junto de deus, temos razões para tristeza!
Faço a réplica do discurso do dia, "é possível uma geração sem HIV/SIDA, começa comigo e contigo também".
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